quarta-feira, 23 de março de 2016

Bem-aventurada é a Nação que Teme ao Senhor


"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança".
(Salmos 33:12)


Um dos maiores privilégios para um povo, é quando Deus, do Seu alto trono, inclina-se e os chama de bem-aventurados. Ao longo da história, temos diversos exemplos de nações que foram altamente prósperas, não por conta de conquistas militares, mas sim, por algo que as destacou dentro do seu tempo. Ao longo da história vemos muitos impérios levantando-se e caindo, pois foram forjados por mãos humanas, as quais, quando da morte de seus imperadores, declinaram por falta da continuidade.
Mas as nações a que me refiro, são aquelas que não tiveram proeminência militar, mas ao longo do tempo, alcançaram bençãos sem igual, tornando-se baluartes econômicos para o mundo. Todas estas nações, as quais podemos citar Israel, Suíça, Alemanha, Inglaterra e Escócia, tiveram algo em comum: a dedicação e o olhar de Deus. Estas nações são o berço das reformas protestantes e, ao escutarem a voz e Deus, receberam dos céus as dádivas da prosperidade e , ainda hoje, permanecem firmes neste propósito. Todas estes povos ouviram a voz de Deus e consagraram as suas nações ao Senhor, recebendo Dele as promessas para quem assim o faz.

O Salmo acima demonstra estas promessas, pois o Senhor Deus não desonra aquilo que prometeu. Mas, até chegarem ao patamar da consolidação da promessa, muita luta espiritual foi travada e muita oração foi realizada. Não se alcança as promessas de Deus sem que venhamos a sacrificar antigos valores humanos. Muitos pais da reforma entregaram, de coração e alma, as suas vidas na busca pela santificação de suas nações. Hoje, se pudessem olhar para trás, estes valorosos homens estariam satisfeitos com o resultado de seus "sacrifícios", pois consagraram seus povos ao Senhor e este inclinou-se para os abençoar.

Não há conquista sem luta. Não há vitória sem sacrifícios. Nas fogueiras da inquisição, muitas pessoas perderam a vida. Nas arenas romanas, muitos mártires morreram para que seus povos conhecessem a perfeita vontade de Deus. A luta destes homens, valorosos em sua fé, proporcionou o que hoje conhecemos como "liberdade religiosa". Se hoje cultuamos ao Senhor, foi porque pessoas no passado lutaram pela convicção daquilo em que acreditavam. Pouco olhamos para o passado, mas deste podemos tirar maravilhosas lições de como se vence uma opressão política, econômica, religiosa ou militar. Para Deus, nada disso é maior do que joelhos sinceros dobrados ao chão em adoração a Sua Santidade.

Através do estudo dos antigos movimentos de avivamento e de luta pelo verdadeiro evangelho, consegui identificar que, os principais líderes da revolução religiosa, lutaram com uma única arma: os seus joelhos. Nenhum homem usado por Deus para provocar a reforma religiosa, ou os homens que implantaram a igreja primitiva, lutaram com armas diante de seus opressores. Todos entenderam a lógica da ação de Deus. Entenderam que somente Deus é quem tem o poder de levantar ou tirar governantes. Somente Deus tem o poder de elevar ou derrubar nações em seu poderio diante de outras nações (Dn 4.17). 

Portanto, o que entendo é que, se hoje o Brasil está sofrendo por desastres econômicos, por corrupção política e pela violência cada vez mais elevada, é porque não observou a história e tem pago por essa não observância. Buscando na internet subsídios que validassem esta posição de pesquisa, um fato me chamou a atenção sobre a nação brasileira. Encontrei muitas igrejas levantando-se em oração pela restauração do Brasil. Mas, em todas as que encontrei esta busca, não era algo que viesse a cumprir o mandamento divino de orarmos pelos governantes desde sempre. Todos os movimentos encontrados são de campanhas recentes. Chamamentos que não são antigos, mas sim, recentes quando o Brasil já estava em crise. O que isso importa? Importa é demonstrar que o povo de Deus, assim como foi nos tempos de Israel durante os cativeiros, começou a clamar somente dentro dos problemas, nunca antes. O povo de Deus somente é balançado, quando a perseguição levanta-se a sua frente, pois é Deus levando estes a cumprirem o seu papel.

Vale lembrar sobre o Ide de Jesus. A igreja recebeu do mestre a incumbência de pregar o evangelho à todas as nações, mas, ao contrário disso, os primeiros discípulos ficaram somente no conforto de Jerusalém, vendo a igreja crescer. Não foi isso que Cristo havia ordenado. O que Ele ordenou, era que deveriam pregar em Jerusalém, Samaria e Judeia e até os confins da Terra. Mas eles ficaram em Jerusalém. Deus não deixa as Suas promessas, bem como as Suas ordenanças sem cumprimento. Para que o povo saísse a pregar, levantou contra eles forte perseguição, o que levou-os a saírem para Samaria e Judeia, indo, através de Paulo, até os confins da terra conhecida. Este fato levou a busca pela consagração e a disseminação do evangelho. 

No Brasil, parece que o mesmo movimento vem ocorrendo. Até então, o que mais víamos, eram as igrejas fechadas dentro de seus templos, pouco preocupadas com a situação do País, dos seus Estados ou de seus Municípios. Não foi isso que Cristo ensinou à Sua igreja. Ele ensinou que a igreja é uma fonte abençoadora e que deve cumprir o seu papel. Como não cumpriu, a nação entrou em forte treva, sendo que todas as suas instituições foram abaladas. Tal fato, está levando as igrejas ao clamor e a busca pela face do Senhor.Tal perseguição, está provocando uma busca pelas orações a fim de que o juízo não recaia sobre nós, a igreja de Deus. Por se esquecer de Deus, o povo de Israel entrou em cativeiro. Por se esquecer do Senhor, o Brasil mergulhou em uma de suas maiores crises, pois esta vem servindo para que os que dormem, despertem para o cumprimento de suas obrigações.

É hora de mostrarmos a força da igreja de Deus. Do poder da oração. Do poder que a arma "joelho no pó" pode provocar em âmbito mundial. Um valoroso intercessor, sozinho, pode mudar a história de uma nação. A historia de intercessão de Abraão é o nosso maior exemplo, pois devido ao seu clamor, quase Sodoma e Gomorra fugiram do juízo. Como não houveram justos suficientes ante a intercessão, Deus retirou os que lá estavam. Em nossa nação, ainda há justos; ainda há um povo sincero, o qual deve reconhecer o seu valor diante de Deus. Por honra destes, a história desta nação pode ser mudada. O Brasil está em um momento de escolha e a história mostra que o homem, sozinho, não sabe fazer escolhas corretas. Por isso devemos buscar a Deus para que o atual quadro seja modificado. Devemos buscar a Deus, não de forma dispersa, mas como um único corpo. É hora da igreja esquecer as doutrinas humanas e, em uma única voz, buscar a Deus para que este cumpra as promessas que esta nação possui. Devemos, em uma única voz, consagrar o Brasil a Deus, pois o verso título deste artigo não mente e é uma promessa para os nossos dias.

Se, verdadeiramente buscarmos a face do Senhor, nos arrependendo de nossos pecados e de nossas falhas no cumprimento da missão concedida, Deus é fiel para nos perdoar e restaurar a condição de paz. As promessas de Deus não deixam de se cumprir em nossa vida, mas nós podemos deixar de alcança-las. Se nós fracassarmos, outro povo será levantado, recebendo a promessa, pois os propósitos de Deus não deixarão de se cumprir. Que o Senhor possa nos conduzir nesta grande missão que tem sido colocada diante de nós. Se nos achamos indignos desta missão, devemos lembrar de Moisés que, sozinho, libertou uma grande nação do cativeiro. Devemos lembrar de Abraão, que acreditando em uma promessa, fundou uma grande nação. Devemos lembrar que, no cativeiro, sozinho, José foi levantado como governador do Egito, preservando o povo da destruição. Sozinho, John Knox ganhou a Escócia para Cristo. Sozinho, Lutero ressuscitou a igreja que a muito estava enferma, ao leito de morte. Sozinho, mas com Deus ao nosso lado, somos gigantes prontos a conquistar, bastando termos os joelhos no chão e as promessas no coração.

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra".
(2 Crônicas 7:14)

Que Deus nos abençoe nesta grandiosa tarefa.



Eduardo dos Santos Santos
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