“1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela, concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão. 2 E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. 5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6 E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7 Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.”
Após a queda
e a saída de Adão e Eva do paraíso, estes tiveram dois filhos: Caim, o
primogênito e Abel. Caim, na distribuição de tarefas, cuidava da lavratura da
terra, enquanto que Abel do apascentamento das ovelhas da família.
A história de
Caim e Abel representa a história de dois homens que, diante de Deus, possuem iguais
condições. Sendo filhos de Adão, tiveram as mesmas condições de educação e
acesso as mesmas informações sobre Deus. Porém eram diferentes em
características físicas, perfis e atividades.
A análise
mais profunda da passagem bíblica tema desta mensagem nos mostra e nos permite
dizer que Caim e Abel representam dois tipos diferentes de pessoas conhecedoras
de Deus: o cristão verdadeiro e o pseudo-cristão.
Os dois tipos
acima representam bem a composição dos membros de uma igreja, não só dos dias
atuais, mas mais latente hoje do que no passado. Diante dos fatos apontados no
texto bíblico, o objetivo desta mensagem é propiciar a todos uma oportunidade
para uma avaliação sincera de sua vida e permitir ao Espírito Santo promover as
devidas mudanças para uma correta vivência e intimidade com Deus.
O nosso
relacionamento com Deus é íntimo e pessoal. Íntimo porque Ele conhece o mais
profundo de nosso ser. É pessoal porque ninguém pode viver essa vida intima por
nós. Isso tudo porque, no momento de nossa avaliação e julgamento, nossos
títulos e posições de nada valerão. Não adiantará você ter nascido em um lar
cristão, ser membro e obreiro de uma igreja, ter vários anos de conversão. O
que muito pesará, será o tipo de oferta a ser entregue ao Senhor.
Caim trouxe perante
Deus as ofertas da terra, ou seja, ofertas do seu trabalho, pois sua
incumbência era arar a terra; mas Deus não aceitou. Mas aí você pode se
perguntar: “Deus não pede que se dê as primícias de nosso trabalho?”. A
resposta é sim, mas não só isso. Antes disso Deus avalia o nosso íntimo, a
nossa conduta como filho Dele. Não importa o tamanho da oferta. O que muito
importa, é a qualidade desta oferta. Com relação a isso, Jesus nos dá um grande
exemplo em Marcos 12. 41 – 44.
“41 E,
estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a
multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos depositavam
muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva,
depositou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em
verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que
depositaram na arca do tesouro; 44 porque
todos ali depositaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, depositou
tudo o que tinha, todo o seu sustento.”
A atitude do
pseudo-cristão é a mesma de Caim. Para um melhor entendimento, abaixo está
listado as características deste tipo de cristão:
- Comparece ao
culto com regularidade;
- Conhece a
Deus;
-
Oferta na
Casa do Senhor;
-
É amável e
solicito;
-
É fervoroso no
culto;
- É um exemplo de santidade;
Não entendi...?, você vai dizer...
As
características acima não são as de um verdadeiro cristão?
Sim, são
estas as características externas de um verdadeiro cristão. Mas para este ser
um filho de Deus verdadeiro, falta-lhe as seguintes características internas,
as do íntimo que somente Deus vê:
- Humildade;
-
Amor ao
próximo;
-
Ofertar com
fé e alegria;
-
Viver para o
próximo;
-
Viver o
Evangelho;
- Adorar a Deus.
Estes foram o
motivo pelos quais Deus rejeitou a oferta de Caim. Deus olhou o seu íntimo e
encontrou somente coisas que lhe desagradaram e a sua reação comprova isso. O
versículo 7 fala que o pecado está ao nosso redor e, se não tivermos uma vida
reta e baseada a Palavra de Deus, nós sucumbiremos a ele e este nos dominará.
Deus é um
Deus de amor e nos dá muitas chances, mas uma hora, Ele começa a nos mostrar
que haverá conseqüências para nossos atos errados e faz com que a oferta não
suba mais como algo agradável. Nesta hora saímos da presença de Deus e as
conseqüências são bem amargas.
Deus espera de nós um relacionamento sincero. Ele espera:
Este tipo de
relacionamento tem um contra-ponto. Deus recebendo o que espera, nos dará:
Amar a Deus é
adorá-lo com plenitude e adoração, é estilo de vida. A palavra em João 4.24 diz:
“Deus é espírito e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade”.
Caim teve sua
oferta rejeitada porque se mostrou um falso adorador; um pseudo-cristão. Sua
oferta constituiu-se numa mera formalidade religiosa, sem fé e sem amor. A
oferta de Abel foi a de um verdadeiro adorador. Foi aceita porque ele se
consagrou. Antes de dar algo material e ritualístico, deu sua vida em adoração
e intensificou seu relacionamento com Deus.
Deus olha
para o íntimo de Abel e se agrada de sua oferta. Sobre ele, as graças do
Senhor. Sobre Caim, ira e condenação eterna, pois, mesmo sob a orientação após
a rejeição, deixa tomar-se por este sentimento e pela inveja. Deus falou a
Caim que, se mudasse sua vida e fizesse o bem, seria aceita sua oferta. E é
isso que o Senhor quer de nós: Arrependimento, mudança e adoração verdadeira.
Deus está nos
propiciando a chance de abandonarmos a vida de pseudo-cristão e nos voltarmos
para uma verdadeira vida cristã e eterna ao seu lado. Basta escutarmos a voz do
seu Espírito e seguirmos sua Palavra de forma verdadeira e sincera e Ele nos
dará as maiores bênçãos que ainda não desfrutamos.
Está é a nossa
oportunidade de sermos como Abel. Não vamos abandoná-la e sermos como Caim, pois
este encontrou a condenação eterna.
Eduardo dos Santos Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário