quarta-feira, 18 de maio de 2016

A Apostasia Já Chegou

Um dos maiores sinais que marcará o fim dos tempos e que antecede a volta de Jesus Cristo, será a Apostasia. Essa palavra pode ser definida como a "renúncia de uma religião ou crença, abando da fé". Em um sentido mais amplo, podemos definir apostasia como o "desafio de um sistema estabelecido ou autoridade; uma rebelião; um abandono ou falta de fé". Jesus Cristo, quando veio a Terra, teve a grande missão de estabelecer o Reino de Deus. Este Reino, diferente do que muitos pensam, foi, primeiramente, estabelecido no coração dos homens. Este é uma situação que temos de meditar, pois devido ao não entendimento da grande missão de Cristo, o povo judeu ainda espera o grande Messias que virá estabelecer o Reino físico de Deus.

Por falta de entendimento, muitos estão perdendo a fé naquilo que Cristo veio nos trazer. O estabelecimento do um reino ou de um governo, deve, primeiro, nascer na convicção das pessoas em aceitarem o governante. Ao fazer-se propagando política, nos dias de hoje, os candidatos a assumirem o posto máximo de uma nação, estado ou município, primeiro devem conquistar seus eleitores apresentando-os suas plataformas (idéias) de governo para, somente após a aceitação do povo, conseguirem os votos necessários para assumirem os cargos. Em um paralelo grosseiro, o mesmo conceito foi adotado por Cristo ao trazer a nós, o conceito sobre o Reino de Deus. Os judeus, por não entenderem a mensagem, sempre esperaram ( e esperam), o Messias revolucionário que irá constituir a nação física de Israel. Mas, em um mundo de pecado, não é possível o estabelecimento de um Reino Santo. Primeiro, faz-se necessário a extirpação do pecado, o qual está em nossos corações, para, somente após, termos o Reino Santo estabelecido fisicamente. Por conta disso, a mensagem de Cristo tem o fundamento de estabelecer, em nossos corações, o desejo por este Reino Santo.
A situação que o mundo vive hoje, é a de dois candidatos que estão apresentando suas plataformas a fim de conquistarem eleitores para a grande eleição final. Cristo, ainda hoje, nos apresenta o verdadeiro evangelho, o qual nos propõe renúncia e submissão a Deus. Do outro, temos o mundo (satanás), que nos apresenta grandes deleites da vida, os quais nos afastam dos ensinamentos de Jesus. A apresentação destas plataformas, nos mostram uma guerra cósmica, a qual está sendo travada a fim de nos propiciar um destino eterno, seja ele junto a Deus, ou seja ele no lago de fogo e enxofre. Como prenunciado, cada candidato irá lançar mão de suas "armas" de convencimento e, nos últimos tempos, veremos, por não entenderem as questões espirituais, muitos irão aceitar a plataforma do engano.
A grande questão da apostasia, desde a constituição da igreja, vem sendo tratada por Deus, o qual nos alerta para os grandes perigos a que estamos sujeito. É de suma importância que se entenda essa questão, pois ela, de forma sutil, tem levado muitos a perdição, mesmo estando dentro da igrejas. O grande objetivo de satanás, não é tirar os homens das igrejas, antes, é deixá-los mergulhados no engano religioso que os cega e os levar para a perdição eterna. Ele, em sua ânsia de afastar o homem da presença de Deus, age a fim de não permitir que novas pessoas tomem conhecimento da verdade que liberta. Também age nas pessoas que estão dentro das igrejas, cegando-as com doutrinas que as afastam da presença real de Cristo. Existem dois tipos de apostasias: 1)  afastamento das doutrinas fundamentais e verdadeiras da Bíblia, direcionando a pessoa para doutrinas heréticas, e 2) a renúncia completa da fé cristã, o que resulta no abandono completo de Cristo.
Tanto uma, quanto outra razão da apostasia, leva-nos a meditar sobre os perigos que estamos enfrentando por não buscarmos o fortalecimento nos caminhos de Cristo. O que mais se vê, nos dias de hoje, são pessoas tidas como abençoadas, praticando e caindo em "revelações" contrárias ao que as Sagradas Escrituras nos ensinam. Em um artigo pesquisado junto ao site gotQuestions?org, o autor menciona uma pesquisa realizada por dois proeminentes pesquisadores ateus (Daniel Dennett e Linda LaScola), onde estes estudaram cinco pregadores do evangelho, os quais, ao longo do tempo, aprenderam e aceitaram ensinamentos heréticos. O resultado apurado foi de que, após um certo tempo, estes pregadores afastaram-se da verdadeira doutrina, tornando-se panteístas ou ateus clandestinos. O que mais assusta nesta pesquisa, é que estes pregadores mantêm a sua posição como pastores de suas igrejas, com as suas congregações não estando cientes do verdadeiro estado espiritual do seu líder.
Este estado maligno, muito tem se apresentado dentro das igrejas, pois o homem não busca mais a presença de Deus, mas sim, os homens que lhes prometem satisfação material, ante as suas necessidades. Em 2Tm 3.1-7, a palavra já nos adverte sobre esta terrível situação:

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade".
 (2 Timóteo 3:1-7)

A própria Palavra de Deus nos dá um grande exemplo, onde vemos a figura de Balaão, que era um homem abençoador, mas, por sua ganância, também era um homem amaldiçoador. Ele começou pregando a verdade, mas no final, corrompeu-se devido ao que lhe foras oferecido, conseguindo uma mensagem que agradasse ao rei Balaque (Números 22). Assim como Balaão, muitos hoje renegam o que ganharam de Jesus Cristo e deixam-se corromper pela ganância e a proeminência que o púlpito traz. Por conta dos holofotes, o coração de muitos homens de Deus tem se corrompido e as mensagens que, antes levavam muitos a conversão, hoje levam ao afastamento inevitável do Reino dos céus. São seguidores da doutrina dos nicolaítas (Ap 2.12-16), onde estes exercem domínio sobre o povo, levando muitos ao erro. Mas a grande culpa, não é destes, mas sim, do povo que não busca, na palavra, a origem das pregações que recebem. Aceitam o que se fala, sem que, para isso, a palavra seja aberta para lhes trazer a luz da revelação.
No livro de Judas, encontramos uma das melhores descrições sobre os homens que se deixam levar pela apostasia. Destes, devemos nos afastar, pois a geração de cristãos que hoje contemplamos, está sendo criada dentro de uma apostasia assustadora, mesmo estando as igrejas cheias como nunca antes houvera sobre a Terra. Em seu livro, Judas, que era meio-irmão de Jesus Cristo, nos mostra como reconhecer a apostasia dentro das igrejas, bem como exorta os do corpo de Cristo a pelejarem pela verdadeira fé (v.3). A palavra grega traduzida por "pelejar", é um verbo composto do qual temos a palavra "agonizar", a qual encontra-se no presente do infinitivo, significando uma luta contínua. Em outras palavras, Judas está nos dizendo que haverá uma luta constante contra o ensino falso e que os cristãos devem levar isso a sério, pois no cerne deste combate, está o destino de suas almas. A luta deve ser tão intensa, que os mesmos devem chegar a "agonizar" pela prevalência da verdade.
No versículo 4 de seu livro, Judas identifica a natureza e as características destas pessoas. Precisamos entender para fugirmos destas, bem como, não nos tornamos coniventes e, consequentemente, uma delas. O apóstolo nos diz sobre estes homens:

"Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo". (Judas 1:4)

Neste versículo, três características são identificadas: primeiro, Judas diz que a apostasia pode ser sutil. Judas usa a palavra "introduzir" para descrever a entrada do apóstata na igreja. A palavra grega traduzida, identifica a ação do apóstata como a astúcia de um advogado que, através de sua argumentação, infiltra-se na mente dos funcionários do tribunal e corrompe o pensamento. Esta palavra significa, literalmente, "cair no lado; entrar furtivamente; esgueirar-se; difícil de detectar". Em outras palavras, Judas está no dizendo que raramente a apostasia começa de uma forma aberta e facilmente detectável. Ela vai se introduzindo aos poucos, levando o erro a se tornar verdade, pois esta ultima, não alimentada devidamente, perde a sua força e dá lugar a substâncias similares, que contaminam o corpo. A.W.Tozer afirma que, "tão qualificado é o erro de imitar a verdade, que os dois são constantemente confundidos um com o outro. É preciso um olho afiado nos dias de hoje para saber qual irmão é Caim e qual é Abel". Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo fala sobre o comportamento do apóstata e seu ensinamentos dentro das igrejas:

"Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras". (2 Coríntios 11:13-15)

Segundo esta descrição, devemos cuidar, pois se esperamos que os apóstatas tenham aparência perversa e que venham para nos assustar, muito nos enganamos. Eles são lobos em pele de cordeiro. Nunca você verá um apóstata falando heresias ao primeiro contato. Esta será lançada com muito cuidado, aos poucos, minando os corações enfraquecidos pela dormência espiritual. Assim foi com Eva no Jardim do Éden, e assim será com todo cristão não previdente. R.C. Lensky observou: "As piores formas de maldade consistem nas perversões da verdade".
Em segundo lugar, Judas descreve os apóstatas como "ímpios" e como aqueles que usam a graça de Deus como uma licença para cometer atos injustos. O apóstolo nos dá uma lista de 18 características para estes: ímpios (v.4), moralmente pervertidos (v.4), negam a Cristo (v.4), contaminam a carne (v.8), rebeldes (v.8), insultam os anjos (v.8), ignorante sobre Deus (v.8), proclama visões falsas (v.10), difamadores (v.10), murmuradores (v.16), descontentes (v.16), propalam arrogâncias (v.16), aduladores (v.16), escarnecedores de Deus (v.18), causam divisões (v.19), seguem o mundo (v.19) e são destituídos do Espírito (c.19). Uma lista infindável e assustadora, pois quantos conhecemos que possuem estas características?
Em terceiro, os apóstatas "negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo". Através de seu comportamento injusto, os apóstatas mostram o seu verdadeiro eu. Uma das verdades que as Sagradas Escrituras nos mostram, é a de que a verdade nunca deixará de prevalecer diante de Deus. Diante disso, se buscarmos verdadeiramente a Deus, em oração e através do conhecimento da verdade, o apóstata, no devido tempo, será desmascarado. Ao que nega o nome de Cristo, a palavra o descreve da seguinte forma:

"Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.
Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra
". (Tito 1:15,16)

Aquele que segue verdadeiramente a Cristo, não tem como se confundir ante a descrição acima. Isso porque, um crente verdadeiro é alguém que foi liberto do pecado para a justiça de Cristo. Um crente verdadeiro, nunca irá negar o seu Salvador, pois sabe exatamente de onde foi tirado, sendo salvo da escuridão, trazido à luz espiritual (Ef 5.8). Portanto, estes nunca negarão as verdades fundamentais das escrituras como o fazem os apóstatas deste presente século (e de todos os outros, pois este sempre foi um grande mau dentro das igrejas).
Diante de tudo o que vimos sobre este perigo que ronda a nossa vivência cristão, devemos nos constranger em combater veementemente a apostasia que irá se abater sobre a igreja e sobre o mundo. Segundo Charles Swindoll, em seu livro "Como viver acima da mediocridade", este nos afirma que o mundo está baseada nos 4p's: Poder, Prazer, Prestígio e Posses. Muito do que é ensinado hoje, baseia-se nestes quatro conceitos. Todos eles conflitam diretamente com os ensinos bíblicos, levando o homem a angústia e a ruína espiritual. Mas, para aqueles que buscam, verdadeiramente, a luz das sagradas escrituras, Deus nos preparou um alto monte de descanso, onde podemos nos achegar e, ali, receber o verdadeiro alimento das sagradas escrituras. É no monte Ararate que encontraremos abrigo contra as falsas doutrinas que tem por objetivo, tornar a nossa vida um dilúvio de desilusões. É no monte santo do descanso que Cristo nos espera para nos trazer a sua verdade e nos confortar de todo tormento. Em sua palavra, para nosso conforto, Ele nos exorta:

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te
".
 (2 Timóteo 3:1-5)



Eduardo dos Santos Santos
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